quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ok. Here we go.


Antes que você puxe uma cadeira e se sirva de café quente, deixe que eu apresente esta que vos escreve. Sou do tipo de gente que tem muito pra falar, mas um dos meus maiores prazeres é o silêncio. Por causa dessa antagônica mania desenvolvi paixão pela escrita, que pra mim é a rota de fuga perfeita entre esses dois mundos de idéias e sons. Cresci escrevendo... agenda, diário, carta pra todas as amigas, bilhetinho pros pais... minha primeira redação tinha 3 páginas e a professora insistia em compará-la com as 10 linhas dos coleguinhas que me julgavam anormal (haha) me acostumei a me comunicar mais por Whatsapp  do que por ligação, mas a melhor de todas as minhas manias, desenvolvida desde muito pequena, é a de orar por cartas. Sim! Eu disse ORAR! É claro que eu sei que falar com Deus é fácil e sem mistérios. Ele vive em mim, e tenho livre acesso à Ele por meio de Jesus, oro no ônibus, no banho, na caminhada, antes de dormir, na rua, na chuva, na fazenda...  Mas há dias em que meus pensamentos são mais rápidos do que o que eu quero realmente dizer, há dias em que as formalidades e repetições das preces não expressam o que se passa lááá dentro do meu ser... e aí eu escrevo, e essa ideia só pode ter surgido da mente pura da minha infância, onde a inocência nos permite buscar à Deus de uma forma genuína e sincera. Até dá pra entender porque Jesus nos advertia a sermos como crianças pra herdarmos o céu...Mas se hoje continuo escrevendo cartas pra  Deus, é muito mais do que por hábito. Mesmo consciente de que escrevo aquilo que Deus já sabe antes que saia da minha boca (ou dos meus dedos, no caso) insisto porque sempre acabo me fazendo refletir mais sobre coisas específicas, conversando mais comigo mesma ao escolher as palavras certas, pesando na balança o quanto de minhas palavras pra Deus refletem meus desejos e vontades e o quanto elas coincidem com o que Ele sonha pra mim e acabo chegando a conclusões que talvez em um simples -Senhor, em nome de Jesus, amém. eu não conseguisse chegar. No final das contas, ouço mais do que falo... Tudo isso nos leva ao primeiro motivo pra criar esse blog: lembrar de escrever pra Deus! Afinal de contas a gente é high tech e Jesus aceita o post também, poupa o carteiro. Mas aí você, caro leitor, pode me questionar {sabiamente} o porquê de ser uma coisa pública, por que não continuar apenas no tete a tete com o Paizão. Eu conto. Mas enche a xícara de novo que lá vem história... Nada me inspira mais a escrever do que estar apaixonada. Tem gente que tem frio na barriga né? Eu tenho calor nos dedos. A poesia parece transbordar os meus sentidos, e em todas as vezes que estive nesse estado sensível de lirismo, escrevi belos textos que inspiraram até outras histórias de amor. O problema é que os hiatos entre chegar a esse estado também são longos, e ultimamente então virou uma raridade quase museológica. Aí nesses dias andei pensando sobre isso e me perguntei: Afinal de onde vêm a minha fonte de poesia? Porque eu preciso esperar por alguém pra me sentir inspirada? Pra ver o mundo com cores e borboletas? Porque fazer dessa espera um caminho incompleto? Só uma resposta ecoou na minha mente: Ele me amou primeiro...
E esse é o maior de todos os motivos pra que eu tenha vontade de transbordar aqui letras de Amor, não daqueles que sazonalmente sacodem minhas emoções e descrevem as incertezas de sentimentos que se esvaem, mas do Amor maior que a vida, maior que o mundo, o Amor eterno e incomparável de Jesus.Não de um amor egoísta que só deseja o próprio final feliz, mas do Amor que quer alcançar também o seu coração e te fazer refletir sobre o quanto você JÁ É amado e especial... independente de qualquer circunstância! Quer melhores motivos pra juntar tudo nesse cantinho e ainda te ter como convidado de honra?

Espero que você se sinta em casa.

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