segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

365 dias de esperança


Ano novo, vida nova. 
Pelo menos é isso que dizem quando a tão esperada hora de rasgar a última folha do calendário chega.
Pois bem, acabamos de encerrar a primeira semana de um novo ano e a atmosfera reflexiva que me persegue desde meados do fim de dezembro contribuiu para o post dessa semana.
Andei pensando sobre como esse período de virada do ano é importante pra vida de todo ser humano. Pode até haver os que desgostam, se sentem temerosos, cansados, entediados mas todos são de alguma forma afetados por esse marco cronológico. Para os mais otimistas, é tempo de agradecer, de olhar o que pode ser melhor, e celebrar o que já foi excelente. Outros se arrependem, amargam os planos fora de rota, decepcionam-se com os rumos que a vida impôs e só querem esquecer os dias passados... 
Em todos os casos, e mesmo a despeito dos anos que passam cada vez mais rápidos (Alô 2013!) um fenômeno não deixa de se fazer presente para todos os envolvidos: a exaustão que o finzinho do ano traz. É só chegar meados de outubro, ou novembro, e lá estamos nós cansados da rotina, esquecidos {conscientemente ou inconscientemente} do quanto prometíamos mudar os velhos hábitos, e desejando ardentemente a chegada de um novo começo de era pra prometermos fazer diferente (mais uma vez) impulsionados por uma coragem avassaladora que percorre nossa espinha e uma leve fé de que tudo vai melhorar. Desejamos, às vezes sem nem perceber, que aquele seja o tão esperado ano da realização dos nossos sonhos, ficar milionário, arrumar um namorado, viajar pro exterior, passar em um concurso, acordar linda como a Angelina Jolie, ver o time preferido ganhar a libertadores, ou seja lá o que for. O que não é de se estranhar é que são exatamente por essas pretensões tão audaciosas e tantas vezes fora das possibilidades que nos decepcionamos ao longo dos 365 dias seguintes, cada vez mais iguais e menos esperançosos. Pior ainda é quando à desilusão dos planos desfeitos somam-se ao nosso diário de bordo os episódios inesperados: Decepções? demissões? rompimentos? morte? traições? desastres? acidentes?  doenças? Parece a descrição catastrófica de um ano para ser esquecido.
- De que adianta pensar nessas coisas em fim de ano? Atrai! - dizem os mais místicos. 
É até aceitável que para alguém que vive por suas próprias forças o vislumbre de um fim de ciclo e a promessa de um futuro bom sejam como oásis em dias desérticos, uma fagulha de aparente 'esperança'. Mas não podemos ignorar que as coisas nunca sairão com a beleza do tilintar das taças, e dos desejos positivistas de que as alegrias serão de todos, é só querer... O que fazer então?
Particularmente, eu sempre gostei do hábito de fazer as listinhas de ano novo (sabe como é? gente que gosta de escrever até pra orar não perde a oportunidade... rs) e de modo algum planejar-se ou sonhar com os dias que se seguem deve ser algo ruim. Mas esse ano me flagrei pensando sobre como escrever minha wishlist  minimizando os riscos das decepções e sendo realista com a fatalidade de que não viriam apenas dias de muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender pela frente...
Foi só então que percebi como a esperança é a melhor de todas as receitas de ano novo.
Você pode comprimí-la em um momento passageiro e momentâneo do raiar do sol do primeiro dia, condicionada a evaporar ao primeiro sinal de dificuldade, ou pode estendê-la pra 365 novos sóis ao canalizar o foco dos seus sonhos e metas em uma esperança eterna.
Eu não precisei riscar os sonhos que almejo pra esse novo ciclo, mas acompanhá-los da certeza de que embora eu queira tantas coisas e precise correr atrás de muitas delas, ainda que nenhuma se concretize, ainda que eu fracasse em todas, Aquele que é o Senhor do tempo vai guiar os meus dias pelos pastos verdejantes de Sua vontade Boa, Perfeita e Agradável que tem tempo determinado debaixo do céu para vir a acontecer. E se eu falhar, se sair da rota, se errar a direção, não precisarei esperar pra prometer mudança no fim dos 12 meses, posso desfrutar de um recomeço diário, pela misericórdia renovada a cada manhã e não apenas no estourar dos fogos...
Acrescentei à minha lista o plano de chegar até o finzinho exaustivo do ano com o coração grato, envolto por esse mesmo frescor que sinto hoje e com a vontade renovada de fazer diferente, de crescer e de ser melhor, prometi-me ser feliz apenas pela certeza de que os meus passos estão firmados Nele e não nos meus pés cambaleantes, trazendo sempre a memória que a minha maior Esperança em todos os meus anos de vida é vê-Lo face a face e que o meu maior objetivo até lá é cumprir os seus propósitos pra mim.
Que 2012 me deixe mais perto desse alvo e que seja pra você também um ano de depositar a esperança dos dias bons na certeza de que Ele já te amou primeiro e quer ser o Senhor da sua história.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ok. Here we go.


Antes que você puxe uma cadeira e se sirva de café quente, deixe que eu apresente esta que vos escreve. Sou do tipo de gente que tem muito pra falar, mas um dos meus maiores prazeres é o silêncio. Por causa dessa antagônica mania desenvolvi paixão pela escrita, que pra mim é a rota de fuga perfeita entre esses dois mundos de idéias e sons. Cresci escrevendo... agenda, diário, carta pra todas as amigas, bilhetinho pros pais... minha primeira redação tinha 3 páginas e a professora insistia em compará-la com as 10 linhas dos coleguinhas que me julgavam anormal (haha) me acostumei a me comunicar mais por Whatsapp  do que por ligação, mas a melhor de todas as minhas manias, desenvolvida desde muito pequena, é a de orar por cartas. Sim! Eu disse ORAR! É claro que eu sei que falar com Deus é fácil e sem mistérios. Ele vive em mim, e tenho livre acesso à Ele por meio de Jesus, oro no ônibus, no banho, na caminhada, antes de dormir, na rua, na chuva, na fazenda...  Mas há dias em que meus pensamentos são mais rápidos do que o que eu quero realmente dizer, há dias em que as formalidades e repetições das preces não expressam o que se passa lááá dentro do meu ser... e aí eu escrevo, e essa ideia só pode ter surgido da mente pura da minha infância, onde a inocência nos permite buscar à Deus de uma forma genuína e sincera. Até dá pra entender porque Jesus nos advertia a sermos como crianças pra herdarmos o céu...Mas se hoje continuo escrevendo cartas pra  Deus, é muito mais do que por hábito. Mesmo consciente de que escrevo aquilo que Deus já sabe antes que saia da minha boca (ou dos meus dedos, no caso) insisto porque sempre acabo me fazendo refletir mais sobre coisas específicas, conversando mais comigo mesma ao escolher as palavras certas, pesando na balança o quanto de minhas palavras pra Deus refletem meus desejos e vontades e o quanto elas coincidem com o que Ele sonha pra mim e acabo chegando a conclusões que talvez em um simples -Senhor, em nome de Jesus, amém. eu não conseguisse chegar. No final das contas, ouço mais do que falo... Tudo isso nos leva ao primeiro motivo pra criar esse blog: lembrar de escrever pra Deus! Afinal de contas a gente é high tech e Jesus aceita o post também, poupa o carteiro. Mas aí você, caro leitor, pode me questionar {sabiamente} o porquê de ser uma coisa pública, por que não continuar apenas no tete a tete com o Paizão. Eu conto. Mas enche a xícara de novo que lá vem história... Nada me inspira mais a escrever do que estar apaixonada. Tem gente que tem frio na barriga né? Eu tenho calor nos dedos. A poesia parece transbordar os meus sentidos, e em todas as vezes que estive nesse estado sensível de lirismo, escrevi belos textos que inspiraram até outras histórias de amor. O problema é que os hiatos entre chegar a esse estado também são longos, e ultimamente então virou uma raridade quase museológica. Aí nesses dias andei pensando sobre isso e me perguntei: Afinal de onde vêm a minha fonte de poesia? Porque eu preciso esperar por alguém pra me sentir inspirada? Pra ver o mundo com cores e borboletas? Porque fazer dessa espera um caminho incompleto? Só uma resposta ecoou na minha mente: Ele me amou primeiro...
E esse é o maior de todos os motivos pra que eu tenha vontade de transbordar aqui letras de Amor, não daqueles que sazonalmente sacodem minhas emoções e descrevem as incertezas de sentimentos que se esvaem, mas do Amor maior que a vida, maior que o mundo, o Amor eterno e incomparável de Jesus.Não de um amor egoísta que só deseja o próprio final feliz, mas do Amor que quer alcançar também o seu coração e te fazer refletir sobre o quanto você JÁ É amado e especial... independente de qualquer circunstância! Quer melhores motivos pra juntar tudo nesse cantinho e ainda te ter como convidado de honra?

Espero que você se sinta em casa.